segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A importância do Coordenação Pedagógica na escola

Esse texto é uma compilação de idéias retiradas do artigo de LENI APARECIDA SOUTO MIZIARA E RUTH PAVAN entitulado: COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E A SUA IMPORTÂNCIA PARA A

AÇÃO-REFLEXÃO DOCENTE.

A Coordenação Pedagógica tem função essencial no que tange à formação dos professores. As transformações em foco são um trabalho de autoria e co- autoria, no qual o discurso oficial, as pressões do ambiente não são suficientes para desencadear esses processos.

É necessário haver:

· adesão,

· rever concepções,

· desenvolver competências inéditas

· conseqüente mudança de atitude dos envolvidos no processo.

Mudar é, portanto, trabalho conjunto dos educadores da escola, bem como de toda acomunidade escolar e supõe:

· diálogo,

· troca de diferentes experiências e

· respeito à diversidade de pontos de vista.

Segundo Paulo Freire (2000), reside na dialogicidade a essência de uma educação transformadora.

Importante que a Coordenação Pedagógica passe a pensar as diferentes possibilidades de sua ação.

O coordenador pedagógico, enquanto elemento articulador da elaboração e execução da proposta pedagógica precisa estar em um processo permanente de formação, sendo o profissional capaz de preparar e sensibilizar os educadores sobre tais mudanças e o que estas exigem da educação contemporânea.

Destrezas necessárias para um bom profissional:

  1. destreza empírica: capacidade de diagnóstico.
  2. Destreza analítica: capacidade de a partir de dados construir uma teoria.
  3. Destreza avaliativa: diante dos resultados alcançados, avaliar o processo.
  4. Destreza estratégica: planejamento de ação.
  5. Destreza prática: capacidade de relacionar a prática com a teoria.
  6. Destreza de comunicação: compartilhar idéias.

“Ao vivenciar situações que integram reflexão, investigação e ação, “o profissional muda, mudando o contexto em que trabalha”. (BARROSO,1997, GIOVANI,2003, p. 213 ).

“Trata-se de reconhecer o potencial formativo das situações de trabalho”. (GIOVANI,2003,p.213 ).

Elementos importantes na formação dos educadores:

  • Intencionalidade do processo.
  • Produção do conhecimento.
  • A dimensão coletiva.
  • Caráter prospectivo.
  • Pensar simultaneamente formação dos professores e gestão

da escola. Aprendizagens e mudanças também para escola.

  • Trabalhar sobre a forma de projetos.

“O mero conhecimento dos métodos não basta, pois é preciso que exista o desejo e a vontade de empregá- los”. Dewey(1959,p.43)

Dewey destaca as três atitudes básicas necessárias para que haja reflexão. A primeira delas é:

1. atitude: [...] mentalidade aberta, que se define como a ausência de preconceitos, de parcialidades e de qualquer hábito que limite à mente e a impeça de considerar nos problemas e de assumir novas idéias e que integra um desejo ativo de escutar mais do

que um lado, de acolher os fatos independentemente da sua fonte, de prestar atenção sem melindres a todas as alternativas, de reconhecer o erro mesmo relativamente aquilo em que mais se acredita. Esta atitude pressupõem: ouvir e respeitar diferentes

perspectivas, a prestar atenção às alternativas disponíveis, valer-se da pluralidade de idéias.

2. Atitude: [..] Ser intelectualmente responsável quer dizer considerar as conseqüências de um passo projetado significa ter vontade de adotar essas conseqüências quando decorram de qualquer posição previamente assumida. A responsabilidade intelectual assegura a integridade, isto é, a coerência e a harmonia daquilo que se defende (DEWEY,1959, p. 44).

3. Atitude: “[...] o entusiasmo, descrito como a predisposição para enfrentar atividade com curiosidade, energia, capacidade de renovação e de luta contra a rotina”.

Geralmente, segundo Alarcão (1996), os autores estabelecem três níveis distintos de análise da realidade circundante: técnica, prática e crítica.

Primeiro nível: à análise das ações explícitas: o que fazemos e é passível de ser observado (andar na sala de aula, fazer perguntas, motivar, etc.)

Segundo nível: o planejamento e a reflexão: planejamento do

que se vai fazer, reflexão sobre o que foi feito, destacando o seu caráter didático

( inclusão do conhecimento prático).

Terceiro nível: o nível das considerações éticas, que passa pela análise ética ou política da própria prática, bem como das suas repercussões contextuais. Este nível de reflexão é essencial para os educadores para que desenvolvam uma consciência crítica sobre as suas possibilidades de ação e as limitações de ordem social, cultural e ideológica do sistema educativo , bem como para a própria coordenação pedagógica.

A práxis da coordenação pedagógica está em: contribuir na organização e gestão do trabalho pedagógico, tanto no que tange especificamente ao processo ensino e aprendizagem, como aos diferentes segmentos da comunidade escolar.

Compilação realizada por Silvana Oliveira Carvalho.

REFERÊNCIAS

ALARCÃO, Isabel. Formação reflexiva de professores – estratégias de supervisão.

Porto. Porto, 1996.

BRASIL, Secretaria Estadual de Educação. Decreto nº 10.540. Campo Grande (MS):

SED, 2001.

CHRISTOV, L.H. da S. Educação Continuada: função essencial do coordenador

pedagógico. In: GUIMARÃES, A.A. et all. O coordenador pedagógico e a educação

continuada. 4 ed., São Paulo: Loyola, 2001.

CONTRERAS, José. Autonomia dos professores. São Paulo: Cortez, 2002.

DEWEY, J. Como pensamos. Como se relaciona o pensamento reflexivo com o

processo educativo. Uma re-exposição. São Paulo: Nacional, 1959.

FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Rio de janeiro: Paz e Terra,1970

_________ Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 16 ed.

São Paulo: Paz e Terra, 2000.

GIOVANI, L.M. O ambiente escolar e ações de formação continuada. In:CHAVES

.S.M e TIBALI E. F. (orgs). Concepções e práticas em formação de professores –

diferentes olhares. Goiânia: Alternativa, 2003.

GIROUX, Henry A. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica

da aprendizagem. porto Alegre: Artes Médicas, 1997

MOREIRA, Antonio Flávio; MACEDO, Elizabeth Fernandes de. Em defesa de uma

orientação cultural na formação de professores. In. MOREIRA, Antonio Flávio (org.)

Ênfases e omissões no currículo.Campinas: Papirus, 2001.p. 117-145

PLACCO,V.M.N.S. O Coordenador pedagógico e o espaço de mudança. São Paulo,

Loyola, 2005.


Um comentário:

Carla Laflor disse...

Oi Sil,
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bjs